O vereador e ex-diretor de futebol do Brusque, André Rezini, revelou em entrevista à Rádio Cidade nesta semana os motivos que o levaram a recusar o convite para assumir o departamento de futebol do Joinville Esporte Clube na próxima temporada.
Rezini contou que o contato ocorreu ainda em outubro, quando recebeu o convite diretamente do presidente do JEC. “Recebi o convite em meados de outubro e fiquei muito feliz. É uma camisa tradicional, um clube grande no cenário nacional, bicampeão brasileiro, com uma torcida enorme”, afirmou. As conversas avançaram a ponto de o contrato ter sido enviado para assinatura no dia 23 de outubro.
No entanto, ao longo das semanas, divergências sobre orçamento e autonomia começaram a pesar na decisão.
Rezini explicou que esperava ter condições semelhantes às que teve no Brusque para montar um elenco competitivo e com sua identidade de trabalho. “Algumas situações que eu entendia que seriam mais fáceis foram demorando. Questão de orçamento, de autonomia. Para montar algo parecido com o que fiz no Brusque, eu preciso disso: orçamento, liberdade… e lá isso não estava andando.”
Ele destacou que também não teria facilidade para levar profissionais de confiança para compor a estrutura. “Para eu ir pra lá e não poder levar alguns profissionais de minha confiança, fica mais complicado”, citou, mencionando inclusive o nome do preparador físico George.
Rezini afirmou ainda que, durante cerca de cinco semanas, atuou de maneira informal, analisando o elenco, conversando com empresários e atletas e até participando de grupos internos do Joinville. Mesmo assim, a negociação não avançou como imaginava. O processo de reestruturação do JEC, que busca transformar o futebol em SAF, também influenciou nas decisões internas. “O orçamento está curto, eles estão buscando fazer uma SAF. As conversas não foram do modelo que eu entendia para aplicar o meu trabalho.”
Diante desse cenário, ele optou por recuar. “Entendi que era melhor dar um passo atrás e não assinar o contrato. Para eu ir para lá e não conseguir implementar o que eu gostaria, resolvi não aceitar.”
Apesar da recusa, André Rezini fez questão de elogiar a diretoria do JEC e desejar sucesso ao clube. “O presidente Artanhei é uma grande pessoa, um ótimo presidente. Me sinto orgulhoso pelo convite e torço para que tudo dê certo, porque o Joinville é gigante e vive alguns anos em baixa.”



