Na edição desta quarta-feira (3), o Conexão 92 recebeu o empresário Marcelo Gevaerd, presidente do Sindilojas, para falar sobre o fortalecimento do sistema de monitoramento por câmeras em Brusque e o avanço rumo ao reconhecimento facial.
Gevaerd lembrou que o projeto começou há muitos anos com poucos equipamentos, quando empresários como Beto, Luciano dos Santos e Fabrício Zen iniciaram os primeiros testes. Segundo ele, “a ideia nasceu pequena, mas precisava nascer. Era mais importante começar do que esperar um grande projeto aparecer”.
Hoje, Brusque, Guabiruba e Botuverá somam 80 câmeras integradas às forças de segurança. As imagens já auxiliaram na solução de dezenas de crimes, incluindo casos de repercussão regional.
Marcelo destacou que muitos moradores não têm ideia da dimensão do sistema:
“As pessoas às vezes dizem que ‘Brusque não é mais a mesma’. Eu sempre penso: se não fosse esse monitoramento, aí sim a situação seria diferente. Tem crime que só foi resolvido porque a câmera mostrou o caminho”, comentou.
Ele citou inclusive situações em que suspeitos foram rastreados por toda a cidade:
“Às vezes é um detalhe no carro. Uma bandeirinha, um adesivo… quando isso aparece na câmera, acabou. O sistema busca tudo e entrega o trajeto completo.”
Reconhecimento facial: o próximo passo
O presidente explicou que agora o objetivo é implantar câmeras com reconhecimento facial, um projeto conduzido por Fabrício Zen.
“É uma tecnologia mais cara, mas totalmente possível se mais empresários se juntarem. O sistema já existe, só precisamos colocar na rua”, afirmou.
Ele acrescentou que Brusque foi pioneira no Brasil na implementação do modelo atual:
“O sistema que hoje funciona até em aeroportos de São Paulo começou aqui. É tecnologia nascida em Brusque.”
Unidade das entidades e da comunidade
Gevaerd também reforçou que o avanço só aconteceu porque houve união das entidades e apoio voluntário de muitos empresários.
“Tudo isso é bancado por pessoas. Não é verba pública, é iniciativa privada. E é por isso que Brusque é diferente: aqui as pessoas se unem para resolver”, disse.



