A edição do Rádio Revista Cidade desta segunda-feira (6) foi bem animada. O entrevistado foi o apicultor Silvio José Katzwinkel. O joinvilense tem 71 anos e há meio século reside em Brusque. Em clima de descontração, ele falou sobre os acontecimentos que marcaram sua vida.
Seu Silvio já teve dedetizadora e vendeu amendoins e espetinhos, entre outros produtos, como também foi radialista, cantador de bingos e chefe de escoteiros por 14 anos.
Quando teve dedetizadora, ele era conhecido como matador de cupins. Para transportar os equipamentos de trabalho, colocou rodas de bicicleta em uma lambreta. Como radialista, apresentou um programa em uma emissora de Pomerode. Lá, ele fazia efeitos sonoros, como balançar uma folha de alumínio para fazer o som da tormenta.
Em 1970, seu Silvio participou de uma promoção nacional de um conhaque e foi contemplado com um Fusca. “Era uma baita de um prêmio.” Com isso, ele foi ao Rio de Janeiro para receber o carro no programa Discoteca do Chacrinha, da Rede Globo. “Uma coisinha na vida da gente que marca muito”, declarou.
O interesse pela apicultura surgiu em suas viagens ao Paraguai. “Percebi que lá tinha pouca oferta de mel.” No país vizinho, ele aprendeu a falar guarani.
O apicultor tem abelhas africanas. Segundo ele, elas são muito mais produtivas que as brasileiras. Seu Silvio foi presidente da Associação dos Criadores de Abelhas de Botuverá e Região, que reúne 70 apicultores, segundo ele. “Hoje, eu sou responsável pelo envase do mel lá em Botuverá. Eu sou responsável pelo envasamento, pela análise inicial quando chega lá.”
Para saber se o mel é puro, ele ensinou o teste da água. Em copo transparente, coloca-se água e uma colher de chá de mel. Se o mel for puro, ele não irá se misturar tão facilmente. Já se for feito de açúcar e com outros ingredientes, seu Silvio falou que o produto se dissolverá rapidamente na água.
O apicultor já visitou 23 países, entre eles o Chile, o Peru, a Rússia e os Estados Unidos. Ficou duas semanas em Moscou, capital da Rússia. “A experiência de Moscou foi a melhor”, afirmou. “O verão é mais curto (na Rússia em comparação ao Brasil), mas as abelhas trabalham fantasticamente”, avaliou.