Parte da vida do médium e líder espírita brasileiro Chico Xavier, cujo nome de batismo era Francisco de Paula Cândido, está sendo mostrada pelo cineasta Daniel Filho em Chico Xavier - O Filme, em cartaz no Cine Gracher até o dia 15. Com duração de duas horas e quatro minutos, o filme pode ser visto na Sala 1 às 16 horas, 18h30min e às 21 horas.

A produção, também de Daniel Filho, foi baseada na biografia ‘As Vidas de Chico Xavier’, do jornalista Marcel Souto Maior e é retratada pelos atores Matheus Costa, Ângelo Antônio e Nelson Xavier, respectivamente, em três fases da vida de Chico: de 1918 a 1922, 1931 a 1959 e 1969 a 1975.

Nascido de uma família pobre em Pedro Leopoldo, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), Chico foi educado na fé católica e teve o primeiro contato com a doutrina espírita em 1927, após fenômeno obsessivo verificado com uma de suas irmãs. Passa então a estudar e a desenvolver sua mediunidade que, como relata em nota no livro Parnaso de Além-Túmulo, somente ganhou maior clareza em finais de 1931.

O nome de batismo foi dado em homenagem ao santo do dia de nascimento de Chico, substituído pelo nome paterno de Francisco Cândido Xavier logo que rompeu com o catolicismo e escreveu os primeiros livros.

O mais conhecido dos espíritas brasileiros contribuiu para expandir o movimento espírita brasileiro e encorajar os espíritas a revelarem a adesão à doutrina sistematizada por Allan Kardec. A credibilidade de Chico serviu de incentivo para que médiuns espíritas e não-espíritas realizassem trabalhos espirituais abertos ao público. Chico é lembrado principalmente por obras assistenciais em Uberaba, cidade onde faleceu no dia 30 de junho de 2002.

Nos anos da década de 1970, Chico passou a ajudar pessoas pobres com o dinheiro da vendagem dos mais de 400 livros, tendo para tanto criado uma fundação. Ele chegou a ser indicado ao prêmio Nobel da Paz.

Na Sexta-Feira Santa (2) Chico Xavier completaria 100 anos.