À frente da prefeitura de Botuverá há 29 dias, Victor José Wietcowsky (PP) falou sobre as ações que conseguiu colocar em prática nesse período, junto com a sua equipe, aos ouvintes e internautas do Rádio Revista Cidade desta quarta-feira (29). O maior desafio que ele disse ter se deparado, ao assumir a Administração municipal, foi encontrar os maquinários das Secretarias de Obras e de Agricultura sem condições de uso. “Está sendo a nossa maior dificuldade. Chegamos lá, as duas colheitadeiras quebradas, sem condições de uso. E a safra do milho já está seca, está na roça”, mencionou.
Diante dessa situação, o prefeito informou que a prefeitura comprará máquinas e veículos novos. No entanto, devido aos preços dos mesmos serem elevados para uma cidade do porte de Botuverá, Wietcowsky tentará parcerias. “A gente vai em busca dos nossos parceiros na Assembleia, atrás de emendas, para a gente conseguir o maquinário e renovar a frota. Tem a frota da saúde que muito serviu o município, mas também tem que dar uma renovada.”
Além do maquinário, o prefeito citou duas demandas que ele e sua equipe de governo precisaram resolver de 1º de janeiro para cá.
O retorno das coletas laboratoriais para o município foi uma delas. Em 18 de dezembro de 2024, o laboratório Hoffmann, que prestava o serviço anteriormente, informou que deixaria de atuar na cidade por questões administrativas. Esta semana, a Secretaria de Saúde comunicou que o posto de coleta laboratorial voltará a funcionar no mesmo endereço, no dia 3 de fevereiro.
Wietcowsky disse que também foi possível solucionar a questão da municipalização dos anos iniciais do ensino fundamental. A prefeitura acertou com o governo do Estado que construirá uma escola, com aporte financeiro do Estado, e somente depois os anos iniciais serão municipalizados.
O novo governo já começou este mês a convocar os aprovados no concurso público de 2022. “Não existia uma assistente social efetiva em Botuverá. Nosso primeiro cargo que foi chamado do concurso público foi assistente social. Chamamos professora. Fizemos chamadas de processos seletivos. No posto de saúde vai ter as recepcionistas. Não vai ser necessário que o agente comunitário de saúde fique fazendo esse serviço administrativo. O agente comunitário de saúde tem o trabalho dele externo. Tem também o interno, mas a maior parte do trabalho dele é externo”, explicou.
Conforme Wietcowsky, a intenção é fazer uma reforma administrativa ainda neste semestre, para definir quais cargos precisam ser incluídos, assim como a criação de fundações para recebimento de recursos estaduais e federais.
O prefeito comentou que a primeira visita às secretarias estaduais está programada para a semana que vem.
Pronto atendimento
O chefe do Executivo destacou que uma das metas de seu governo é abrir um pronto atendimento no centro de Botuverá. Também comentou que a parceria com o Hospital Dom Joaquim é para exames de imagem. Segundo ele, está sendo analisada a possibilidade de estender essa parceria para o pronto atendimento da instituição.
Contato direto com a comunidade
O prefeito disse que tem dedicado parte do trabalho para responder aos moradores que o contatam pessoalmente e via redes sociais. "Vamos dar resposta para o povo. Não vamos deixar as pessoas no vácuo”, salientou. “Muitos dos méritos de a gente estar conseguindo fazer as coisas é dos servidores públicos de Botuverá. Então, tiro o chapéu para o trabalho que eles estão fazendo”, elogiou.
Quanto ao seu secretariado, Wietcowsky garantiu que todos são capacitados e estão determinados em fazer uma boa gestão.
Subestação da Celesc
Nesse primeiro mês de mandato, um dos contatos feitos pelo prefeito foi com a direção da Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), para tratar sobre a subestação que será construída em Botuverá.
Junto com um grupo formado por empresários locais, ele conversou com o presidente da companhia, Tarcísio Estefano Rosa, na sede do órgão, em Florianópolis.
Na oportunidade, a comitiva botuverense ficou sabendo que obra de terraplenagem da subestação está irregular. Foi feito o serviço, mas sem projeto. Como a prefeitura já transferiu o terreno à Celesc, o chefe do Executivo disse que será analisada, do ponto de vista legal, se a prefeitura poderá entrar com as máquinas em um terreno particular. “Querem e pediram (Celesc) o terreno em condições de construção. Havendo essa exigência, nós temos que cumprir esse contrato e entregar o terreno em condições. A rua que vai até o acesso é pública. Na rua, a gente consegue mexer, alterar o projeto. Agora no terreno a gente só está vendo essa legalidade para poder entregar”, explicou Wietcowsky.
O prefeito relatou que o presidente da Celesc disse que ainda não foi emitida uma licença ambiental por parte dos órgãos estaduais. Assim que essa parte for concluída, será lançado o edital. O prazo para construção da subestação será 12 a 14 meses.
Reunião de avaliação do primeiro mês de gestão
Quando fechar o primeiro mês de governo, Wietcowsky mencionou que será feita uma reunião com o secretariado para avaliar o que foi feito até o momento e quais serão os próximos passos que deverão ser executados para colocar o plano de governo em prática. De acordo com ele, o orçamento deste ano foi elaborado em 2024 e, talvez, terá que ser readaptado.
Liminar
Wietcowsky assinalou que não está pensando na questão judicial de que poderá ter sua gestão interrompida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No ano passado, após as eleições municipais, o TSE determinou, por decisão monocrática, o indeferimento da candidatura de Wietcowsky e de seu vice Kaioran Paloschi Paulini (PP).
O prefeito obteve uma liminar e conseguiu assumir o mandato. “A gente está na gestão. A gente está trabalhando. Vamos organizar e vamos voltar a trabalhar.” Se a decisão judicial for desfavorável, ele disse que cumprirá a determinação e lançará candidatura novamente. “Estamos bem confiantes que vamos ganhar a questão”, declarou.