Em entrevista concedida neste sábado (1º), o empresário Alex Busquirolli, proprietário do centro comercial anexo ao Estádio Augusto Bauer, relatou sua versão sobre o incidente ocorrido pela manhã, quando funcionários da Federação Catarinense de Futebol (FCF) instalaram uma faixa antirracismo que bloqueou a visão do campo a partir de seu estabelecimento.
"Houve uma invasão no meu terreno por parte de funcionários da Federação Catarinense, colocando uma faixa obstruindo totalmente a visão do bar", afirmou Busquirolli. "Essa faixa já foi removida a meu mando, realmente. Até porque ela estava colocada no meu terreno, no meu centro comercial, na minha janela."
O empresário, natural de Brusque e com 37 anos, explicou que investiu cerca de R$ 18 milhões na reforma do estádio e na construção do centro comercial, em parceria com o Carlos Renaux. Ele revelou que o problema não envolve os clubes, mas sim a FCF, especificamente o diretor de competições.
"Não é culpa do Renaux, não é culpa do Brusque, não é culpa da SAF. Única e exclusivamente se trata da figura da Federação Catarinense, através do seu diretor de competições, Crispim", declarou.
Segundo Busquirolli, a disputa gira em torno de dinheiro: "O que a Federação quer é dinheiro. A Federação está preocupada com o bar porque quer sua taxa de borderô que cobra dentro dos ingressos do estádio, que é 10% do valor da renda líquida."
O empresário ressaltou que seu estabelecimento não apresenta riscos para o jogo, possuindo vidros blindados, e que não há nada no regulamento da CBF ou do Campeonato Catarinense que proíba a visão do campo a partir do bar. Ele afirmou que já entregou à polícia a matrícula do terreno, comprovando que parte da área onde foi instalada a faixa pertence legalmente ao centro comercial.
"Nosso intuito de forma alguma é prejudicar o Brusque, prejudicar o Renaux ou prejudicar a cidade", garantiu. "Mas não vou aceitar que a Federação simplesmente imponha essa vontade desse jeito."
Busquirolli ainda esclareceu que a distância entre a linha de fundo do campo e o centro comercial é de três metros, sendo que um metro e meio pertence à sua propriedade, conforme a escritura. "Essa distância cumpre o mínimo exigido pela CBF para jogos oficiais", concluiu.